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Nipah: entenda o que é e como age o vírus com alto poder de epidemia que matou jovem na Índia

Adolescente de 14 anos morreu após contato com o vírus. Autoridades locais disseram que mais de 200 pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas. Doença não tem tratamento.
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 23/07/2024 11:34
  • Autor: G1

Um adolescente de 14 anos morreu na Índia depois de ter sido infectado pelo vírus Nipah, um vírus mortal que ataca o cérebro. A vítima faleceu apenas um dia após ter contato com a doença, segundo as autoridades locais. A doença está na lista da OMS de patógenos com potencial epidêmico.

O vírus Nipah é classificado como prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao seu potencial de desencadear uma epidemiaNão há vacina para prevenir a infecção e nenhum tratamento para curá-la.

A morte aconteceu no domingo (21) no estado de Kerala e, segundo as agências internacionais, o ministro da saúde local informou que acompanha mais de 200 pessoas que tiveram contato com o menino. Da lista, 60 pessoas estão na lista de alto risco.

Além disso, os moradores da região foram orientados a usarem máscara.

Como ocorre a transmissão do vírus Nipah

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica - ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos.

➡️ O vírus também pode ser transmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada.

Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central.

Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como:

  • Sintomas semelhante à gripe (incluindo febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura)
  • Dificuldades respiratórias
  • Encefalite (inflamação do cérebro que resulta em sintomas como confusão, desorientação, sonolência e problemas neurológicos como convulsões)

Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo.

A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA).

Outros testes utilizados incluem o ensaio de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o isolamento do vírus por cultura de células.

A taxa de mortalidade entre aqueles que contraem o vírus é alta - chega a 70% -, uma vez que não há remédio nem vacina disponível para tratar a infecção.

O tratamento se limita a controlar os sintomas e fornecer cuidados de suporte.