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Cantor gospel Eli Soares está entre vítimas de empresa suspeita de usar leis de incentivo em golpes milionários, diz advogado

Ex-funcionária diz que empresa de Campinas (SP) recebia até R$ 10 milhões por mês para assessorar projetos. Meekah nega acusações e afirma ser alvo de 'factoides e manifestações de ódio'.
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 25/04/2024 09:55
  • Autor: G1
O cantor gospel Eli Soares, que acumula 1,1 milhão de seguidores nas redes sociais, está entre as vítimas de uma empresa de Campinas (SP) suspeita de aplicar golpes milionários usando leis de incentivo, segundo o advogado Leonardo Girundi.

Por Gustavo Biano, EPTV 2 e g1 Campinas e Região

 

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Empresa de Campinas de incentivo a cultura é acusada de estelionato por clientes.

O cantor gospel Eli Soares, que acumula 1,1 milhão de seguidores nas redes sociais, está entre as vítimas de uma empresa de Campinas (SP) suspeita de aplicar golpes milionários usando leis de incentivo, segundo o advogado Leonardo Girundi.

A empresa era paga para intermediar pedidos de recursos públicos para projetos culturais, sociais e educacionais, mas clientes afirmam que as verbas nunca foram liberadas. À EPTV, afiliada da TV Globo, a Meekah negou as acusações e disse ser vítima de “factoides e manifestações de ódio” (leia mais abaixo).

Segundo o advogado que representa o cantor, Eli Soares fechou um contrato de prestação de serviços para uma consultoria na captação de recursos via Lei Rouanet, mas os prazos não foram cumpridos e os valores prometidos não foram pagos."Depois de muita insistência e de vários e-mails e comunicações, foi feita uma ligação de vídeo onde foi prometido que seria feito o pagamento imediatamente, no mesmo dia, o que também não aconteceu. O primeiro pagamento aconteceu dois meses após essa ligação de vídeo e somente dois pagamentos foram feitos. Esses pagamentos não correspondem nem a 2% do valor do contrato", detalha Girundi.

Recebiam até R$ 10 milhões por mês

Uma ex-funcionária, que preferiu não ser identificada, conta que a empresa lucrava muito. “R$ 6 milhões, R$ 4 milhões, R$ 10 milhões. Os valores eram altos, os valores de venda mensal. Eram as entradas, de vendas de R$ 2,5 mil, R$ 5,5 mil”.A mulher afirma ter trabalhado durante um ano como vendedora, mas ficou sem receber salários desde dezembro e, assim como outros colegas, foi demitida sem direitos trabalhistas em março. “[Não recebi] Nem o pagamento pelos meses que eu trabalhei”.


A advogada Carolina Defilippi representa dez clientes que dizem ter saído no prejuízo e afirma que o serviço de assessoria para captação de recursos por meio de lei de incentivo existe, mas não da maneira exercida pela empresa.


“Mesmo eles se propondo a ser um intermediário entre as pessoas que queriam esse recurso e o governo, eles jamais chegaram a, de fato, apresentar os projetos feitos pelos clientes. Esses projetos nunca foram inscritos para a Lei Rouanet e para o Proac”, diz Defilippi.